obituário

Morreu a professora Izaura Borges Cabral

Fotos: Arquivo Pessoal


uito vaidosa, a rosariense Izaura Borges Cabral, 78 anos, não costumava ficar parada. Quase toda a semana, ela estava no salão de beleza para arrumar o cabelo e não dispensava estar bem vestida e maquiada. Aos finais de semana, a professora aposentada não perdia uma festa com as amigas. Os bailes da terceira idade, realizados nos clubes da região, eram o seu divertimento preferido.

Amiga de longa data de Izaura, a maquiadora e esteticista Carmela Lima e Silva conta que ela estampava alegria:

- Éramos confidentes uma da outra. Tudo o que me acontecia, eu contava a ela, e vice-versa. Guardo no coração as melhores lembranças de uma pessoa que foi muito importante para mim.

Mãe de Graça, 58 anos, Carlos Augusto, 57, Magali, 54, Silvio, 50, Vanusa, 48, e o caçula Fernando, 41 anos, Izaura era viúva de Américo Marinho Cabral, falecido há cinco anos.

Magali conta que a mãe escolheu morar em Santa Maria, onde trabalhou por 43 anos como secretária de escola, em razão dos estudos dos filhos.

Para Izaura, nas reuniões de família, com os seis filhos, nove netos e três bisnetos, não podia faltar o Galeto do Portuga. Para os netos, ela foi uma avó moderna e divertida. Apaixonada por chimarrão, toda hora era perfeita para um bom mate. Magali conta que a mãe sempre tinha um amargo novinho para oferecer a quem chegasse na casa dela.

- Tomar chimarrão com a mãe significava descanso, contação de piadas e risadas. O mate dela tinha gosto de campo, de infância, de calmaria. Se o mate dela entupia? Nunca. De jeito nenhum. Ela não deixava - conta a filha, emocionada. 

Outra grande paixão de Izaura era assistir a programas de TV. Em frente à tela, entretia-se com novelas e não perdia, por nada, a cobertura dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Eclética, escutava músicas gaúchas, sambas, clássicas e fazia questão de cantarolar o dia todo. Para a família, fica o exemplo de uma mãe carinhosa e dedicada. Para os amigos, Izaura é referência de ética e integridade.

Izaura faleceu em 2 de fevereiro no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, em consequência de complicações de um câncer de pulmão. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Municipal de Rosário do Sul.  

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122

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